História do gás de cozinha
Que o GLP ou gás de cozinha faz parte das nossas vidas, isso não é mais novidade. Por possuir baixa emissão de gases do efeito estufa, ele é considerado ambientalmente correto.
Está presente nas casas dos brasileiros, comércios, indústrias e, inclusive, no agronegócio.
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Há mais de 80 anos, o uso do GLP está difundido no Brasil e representa uma das inovações tecnológicas mais utilizadas pelos brasileiros.
Nem todo mundo sabe como ele surgiu, e é sobre isso que vamos tratar neste texto.
Então acompanhe as próximas linhas e descubra essa história incrível.
Descubra o que é o GLP
O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), popularmente chamado de gás de cozinha, é um combustível inflamável e naturalmente sem nenhum cheiro.
Por motivo de segurança, para que eventuais vazamentos sejam identificados, são adicionados compostos de enxofre para dar odor característico ao gás de cozinha.
Sua composição é uma combinação de gases denominados hidrocarbonetos de 3 e 4 átomos de carbono e também de outros hidrocarbonetos em menor quantidade.
Por conta disso ele pode ser utilizado como combustível, devido ao seu grande poder calorífico, queima regular, facilidade de ser manuseado, armazenado e transportado, e o principal: é um combustível com baixo impacto ambiental, tanto em sua produção, quanto em sua queima.
Início da história do gás de cozinha
Há registros nos primórdios da civilização, que egípcios e babilônios já utilizavam o petróleo, o asfalto e o betume em seus afloramentos naturais. Na Bíblia, há trechos que indicam que a Arca de Noé foi impermeabilizada com betume.
No século XIV, o carvão vegetal começou a ser utilizado como energia. Embora o petróleo já tivesse sido descoberto, este não era considerado ainda como combustível.
É que à época ainda não se tinha o conhecimento, tampouco as ferramentas necessárias para extraí-lo do solo, processá-lo e transformá-lo em combustíveis.
Somente no ano 1742, na Alsácia, fronteira da França com a Alemanha, foi empreendido o primeiro processo de extração de petróleo. Ainda que os métodos de extração tenham sido rudimentares, o produto passou a ser utilizado com mais frequência.
Foi nessa época que alguns subprodutos do petróleo foram descobertos, como o gás. Em Londres, no ano de 1810, até surgiu a ideia de engarrafar o gás em recipientes que pudessem ser transportados.
Mesmo que alguns cilindros de gás comprimido tenham sido vendidos, preferiu-se manter o foco nos derivados líquidos do petróleo.
Afinal, quem inventou o gás de cozinha?
Com a evolução dos processos de extração e das ferramentas, assim como do refino, em 1859 na Pensilvânia, Estados Unidos, foi estabelecido o primeiro poço de petróleo mais profundo. Desse poço começou a ser extraído 19 mil barris por dia.
A partir de então, o petróleo se popularizou e começou a ser vendido em larga escala, rivalizando com outros combustíveis então utilizados, sobretudo o carvão, na indústria, e os óleos de rícino e de baleia, na iluminação.
No início do século passado, mais precisamente no ano de 1907, o alemão Herman Blau desenvolveu um novo método de armazenamento de gás, a partir da obtenção do GLP pela destilação do petróleo.
Somente três anos depois, em 24 de dezembro de 1910, 200 galões de GLP foram produzidos na refinaria da Riverside Oil Co., nos Estados Unidos, que ficou registrado como sendo o primeiro gás liquefeito de petróleo da história.
No ano seguinte, na Pensilvânia, foi estabelecida a utilização do GLP na indústria, sendo o combustível para maçaricos para o corte do aço.
Já em 1912 foi feita a primeira instalação de GLP para uso doméstico, o início da história do combustível que revolucionou os lares em quase todo o mundo, o gás de cozinha.
História do gás de cozinha no Brasil
O início do uso do gás de cozinha no Brasil se deu após uma tragédia que ocorreu a milhares de quilômetros. Mais precisamente em Nova Jersey, Estados Unidos. A tragédia aconteceu com o dirigível Zeppelin, que se preparava para pousar e pegou fogo.
O desastre do Hindenburg ocorreu em 6 de maio de 1937, na cidade de Lakehurst, no estado de Nova Jersey. Ao se aproximar para o pouso, o Zeppelin pegou fogo, matando 36 pessoas, entre tripulantes, passageiros e 1 pessoa em solo.
Depois dessa tragédia, as pessoas não se sentiam mais seguras em utilizar dirigíveis como meio de transporte, então, descontinuaram seus voos e sua produção.
No bairro de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, havia uma gigantesca base para dirigíveis com um grande estoque de propano, que seria utilizado nos motores do Zeppelin mas, com o término das viagens, tal gás armazenado seria inutilizado.
Nesse período, a indústria de bens domésticos que utilizam o GLP como combustível estava em expansão. Com o fim do uso do gás no transporte de pessoas pelos dirigíveis, iniciava a popularização desse produto somente para o uso doméstico e industrial.
Em 30 de agosto de 1937, Ernesto Igel, imigrante austríaco, resolveu criar uma maneira útil de utilizar essa enorme quantidade de gás. Engarrafa-lo em recipientes e vender como gás de cozinha.
Ernesto Igel conheceu a nova tecnologia de engarrafamento de gás para uso doméstico em uma de suas viagens à Europa.
Com a brilhante ideia de aproveitar o gás que seria usado no Zeppelin, Igel acabou fundando no Brasil, a Empresa Brasileira de Gás a Domicílio Ltda, hoje conhecida como Ultragaz.
Então podemos afirmar que Ernesto Igel foi o inventor do gás de cozinha no Brasil.
Conheça a evolução dos fogões a gás no Brasil
Nos Estados Unidos, os primeiros fogões eram feitos de ferro e eram alimentados com lenha. No futuro, por questões culturais, se popularizou nos EUA, o fogão elétrico.
Na Europa, ainda que o carvão fosse melhor e mais em conta que a lenha para alimentar os fogões, os pesquisadores deram início a pesquisas de novos combustíveis alternativos.
Em 1830, os ingleses começaram a produzir os primeiros fogões a gás, e em 1860, já exportavam para diversos países, não demorando muito para que esta novidade chegasse por aqui.
Esse foi o pontapé inicial que também marcou a popularização do uso do gás de cozinha no Brasil.
Por aqui, os modelos eram importados dos Estados Unidos e traziam modernidade, sofisticação e status aos lares brasileiros.
Por conta de suas características e versatilidade no uso, boa parte da população brasileira depende diretamente da distribuição desse gás diariamente, para cozinhar, para aquecer a água, em atividades da indústria, comércio, prestação de serviços ou agronegócio.
Entretanto, em nenhum outro lugar o GLP se popularizou tanto quanto nas cozinhas brasileiras.
Graças ao fogão GLP, hoje dispomos de uma fonte de energia segura e limpa para cozinhar nossos alimentos e, por incrível que pareça, já convivemos há 85 anos com essa revolução.